O deputado estadual eleito, Carlos Lula (PSB), concedeu entrevista ao Programa Ponto Continuando nesta segunda-feira (17). Lula é advogado, consultor legislativo concursado da Assembleia Legislativa do Maranhão e ex-secretário de Saúde do Estado, foi o terceiro deputado mais votado, recebendo mais de 80 mil votos em 215 municípios.
“Eu não acredito em mandato feito dentro de gabinete. Terno e gravata é pra formalidade da sessão. Terminou, temos que estar na rua escutando as pessoas”, afirmou Carlos Lula, que faz parte da maior bancada de deputados da Assembleia, formada pelo PSB, com 11 parlamentares eleitos.
“A gente entendeu que vai agir em conjunto, em bloco. Não vamos deixar interesses individuais se sobreporem. Temos 1/4 da Assembleia, agindo em bloco, teremos muita força na casa. Ela sozinha decide muita coisa, então vamos agir em conjunto, tomar decisões em conjunto. Passada a eleição presidencial vamos discutir a eleição da mesa”, disse.
Sobre as eleições presidenciais, Carlos Lula acredita na vitória de Lula, mas que caso haja a vitória de Bolsonaro, eles irão dialogar com o Governo Federal.
“Precisamos de estabilidade para retomar o crescimento e a economia, ter uma pauta de desenvolvimento no país e acho que a gente consegue com o Governo Lula. O problema de Bolsonaro é que ele não tem projeto pro país. Sempre pergunto para o eleitor dele, três obras que ele começou e terminou no governo dele, ninguém responde, porque não tem. Não tem universidades, não tem projeto pra educação e tecnologia, é o caos instalado no país”, afirmou.
Sobre suas ações futuras como deputado estadual, Carlos Lula citou maior transparência e organização na Assembleia Legislativa e discussão de plano de carreira para servidores efetivos da casa.
“É uma parafernália grande de leis que se sucedem e na assembleia não tem como verificar leis, resoluções no site. Faremos um projeto para consolidar leis importantes, revogar o que está obsoleto e dar uma maior transparência nas atividades da casa”, explicou.
Carlos Lula afirmou também que acredita ser possível um plano de carreira dos servidores da Assembleia. “A casa tem condição de observar isso, tem um orçamento grande, tem muito como fazer pro Estado e ao mesmo tempo tem condição de ter os melhores técnicos, os melhores quadros e dar uma condição de dignidade para os servidores”, finalizou.