O Carnaval de São Luís – Tem Folia na Ilha, na Passarela do Samba Chico Coimbra (Anel Viário) de 2023 veio com uma surpresa: duas escolas foram campeãs, a Favela e a Flor do Samba.
O concurso foi promovido pela Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult) e órgãos parceiros, e marca a volta dos desfiles na capital.
A apuração foi coordenada pela Secult em parceria com a Liga das Escolas de Samba e Demais Agremiações Artísticas, Folclóricas e Culturais do Estado do Maranhão (Liesma), e aconteceu no Teatro da Cidade, na Rua do Egito, Centro, nesta quarta-feira (22).
A comissão de apuração contou com advogado da Secult, Felipe Martins; o presidente da Liga das Escolas de Samba e Demais Agremiações Artísticas, Folclóricas e Culturais do Estado do Maranhão (Liesma), Josafá Ferreira Lima; e nove representantes das escolas de samba.
As escolas de samba foram avaliadas em nove itens: Evolução e Conjunto, Fantasia, Letra, Melodia, Bateria, Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Comissão de Frente, Alegorias e adereços; e Enredo. Favela e Flor do Samba empataram com 180 pontos cada, levando as duas o título de campeã do Carnaval 2023.
Com o samba-enredo “Do renascer da Grécia antiga ao berço da cultura popular: o legado do artista chamado Dionísio”, a Favela do Samba levantou e empolgou o público presente na Passarela do Samba, que vibrou e cantou do início ao fim do desfile. A escola apresentou na avenida comissão de frente, dois casais de mestre-sala e porta bandeira, quatro carros alegóricos, 14 alas e bateria.
Com 20 títulos conquistados, considerando o deste ano, o diretor da agremiação, João Moraes, agradeceu o esforço de todos os integrantes. “Embora o pouco tempo em que tivemos, conseguimos fazer um lindo espetáculo. Quero dizer que a gente está muito feliz por ter voltado dois anos depois da pandemia para mostrar que esse Carnaval está vivo e que ele resiste”, revelou.
O diretor da Flor do Samba, André Campos, fala sobre o samba-enredo campeão de 2023, conquistando o 13º título da escola. “É um enredo marcante, que, após dois anos de pandemia, aborda o afastamento geral de todo mundo, falando dessa saudade de não poder beijar, abraçar e, em último caso, perder para sempre um ente querido. Foi essa a força que nos motivou para conquistar o bicampeonato esperado, com dois títulos seguidos. Agradeço à comunidade do Centro Histórico que amo tanto. Vocês merecem e me dão força pra continuar”, compartilhou.
As cinco primeiras colocadas no concurso das escolas de samba ganharam premiação: Favela e Flor do Samba (1º lugar – R$ 50 mil); Marambaia (2º lugar – R$ 40 mil); Império Serrano (3º lugar – R$ 30 mil); Turma da Mangueira (4º lugar – R$ 20 mil); e Terrestre do Samba (5º lugar – R$ 10 mil).