A seca vem se intensificando no Maranhão, conforme mostra a última atualização do Monitor da Seca. Ao todo, em 19 unidades da federação, a estiagem aumentou entre os meses de julho e agosto.
Os estados atingidos são: Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, São Paulo e Tocantins. Em outros seis estados a seca ficou estável: Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em Santa Catarina a seca voltou a ser registrada em agosto e somente o Rio Grande do Sul seguiu livre do fenômeno.
Considerando as cinco regiões geopolíticas acompanhadas pelo Monitor de Secas, entre julho e agosto todas registraram intensificação da seca. O Sul registrou novamente a condição mais branda do fenômeno em agosto, enquanto o Norte teve a situação mais severa, registrando seca extrema. Considerando a extensão da área com seca, o fenômeno se expandiu nos territórios de todas as regiões nesse período. O Sul teve a menor área com seca (28%) e o Centro-Oeste teve mais uma vez o registro do fenômeno na totalidade de seu território em agosto.
Na comparação entre julho e agosto, 15 estados registraram o aumento da área com seca: Amapá, Amazonas, Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe. Em dez unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Acre, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rondônia, Roraima e Tocantins. Em agosto, somente o Rio Grande do Sul permaneceu sem seca, enquantoSanta Catarina voltou a registrar o fenômeno após 11 meses livre de seca.
Onze unidades da Federação registraram seca em 100% do território em agosto deste ano: Acre, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rondônia e Tocantins. Para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 13% a 98%.
Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas segue liderando a área total com seca em agosto, seguido por Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Bahia. No total, entre julho e agosto, a área com o fenômeno aumentou de 7,04 milhões de km² para 7,62 milhões km², o que equivale a 89% do território brasileiro.
Monitoramento – O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.
O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023.
A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região.