Prefeitos que estão atendendo à convocação do Palácio dos Leões na expectativa de firmar parceria com o executivo estadual estão saindo com uma sacola cheia de frustrações. De concreto, o que fica na lengalenga são apenas promessas, léguas tiranas de serem cumpridas.
O governador interino Carlos Brandão tem tergiversado sobre as questões urgentes dos municípios, como a vacinação contra covid-19 e queda de receita, para tratar sobre a eleição da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão, Famem.
O assunto tem dominado a pauta das reuniões entre o interino e os gestores municipais. Em contrapartida às demandas apresentadas, Brandão tem repetido promessas inviáveis diante da grave situação financeira do estado. Tamanha é o grau de ansiedade do vice-governador em seu projeto pessoal, que erra até no protocolo oficial. Houve casos em que não serviu nem um café aos convidados. Prefeitos saíram dos Leões chispando brasa contra o anfitrião mequetrefe.
Brandão tem assumido a posição de patrono da campanha do prefeito de Caxias, Fábio Gentil, herdeiro do espólio do pai e tradicionalista como o Orleans (o sobrenome nobre do vice) que hoje ocupa a cadeira do governador do estado. Sem qualquer constrangimento, no ato de inscrição da campanha fez questão de exibir o deputado federal Josimar Maranhão, alvo de operação da Polícia Federal por suspeita de desvio de emendas e pilhado com alguns milhões de reais em dinheiro vivo.
A conquista da presidência da Famem por parte de Gentil e Brandão é evidente: ambos têm projetos eleitorais para 2022. O prefeito de Caxias tem propósito de conquistar uma vaga na Câmara Federal. Tem desdenhado quando é questionado. Para isso precisa usar a entidade como trampolim, sendo manipulado por Brandão. É um deboche no espelho.
Fonte: Blog do Kiel Martins