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Contando as horas para a volta de Lula


Nesta última terça-feira (22), o ex-Presidente Lula concedeu entrevista de uma hora de duração à rádio Passos FM, uma rádio de Minas Gerais.

Sem se valer de quaisquer palavras chulas, chavões políticos ou expressões que pudessem denotar agressividade, o ex-Presidente respondeu com objetividade e clareza às perguntas sobre vários temas, dentre os quais: a alta inflação nos preços dos alimentos, gasolina, energia elétrica e gás de cozinha; a venda das empresas públicas por parte de Bolsonaro; a “reforma trabalhista” dos governos Temer e Bolsonaro.

Destaco a seguir, para os que não tiveram a oportunidade de ouvir a entrevista, trechos do que foi dito pelo melhor Presidente que o nosso país já teve.

SOBRE OS ALTOS PREÇOS DA GASOLINA, ÓLEO DIESEL E GÁS DE COZINHA: “Fui presidente por oito anos. No meu governo, mantivemos o preço da gasolina, do gás de cozinha e do óleo diesel no padrão da moeda brasileira. Não existe nenhuma razão – técnica, política ou econômica – para que a Petrobras tenha tomado a decisão de internacionalizar o preço do combustível, a não ser para atender aos interesses dos acionistas, sobretudo os acionistas de Nova Iorque. Não há explicação, a não ser a ganância de concentrar mais riqueza nas mãos dos poucos ricos e mais pobreza nas mãos dos muitos pobres”.

SOBRE A PRIVATIZAÇÃO DA ELETROBRAS: “Esse governo não sabe administrar, só sabe destruir e vender as coisas públicas. Não há nenhuma necessidade de se vender um patrimônio que foi construído com o dinheiro do povo brasileiro, muito mais por se tratar de uma empresa que pode evitar os abusos dos aumentos de energia que estamos vivendo hoje no Brasil. A venda da Eletrobras deveria ao menos passar por um referendo, para que o povo brasileiro diga se concorda ou não com a privatização da companhia, pois o povo tem que ser o sujeito da história. Vender a Eletrobras a preço de banana, como eles querem, é se desfazer de um patrimônio púbico para enriquecer ainda mais os mais ricos”.

SOBRE OS DESMONTES DAS EMPRESAS PÚBLICAS: Depois que deram o golpe na Dilma, eles vão levando as coisas a toque de caixa, sem nenhum respeito a qualquer comportamento democrático, e isso está fazendo com que quase tudo que tenha sido construído esteja, agora, sendo destruído, a exemplo do Programa Minha casa, Minha vida. Esse é um governo de destruição. É o desmonte dos bancos públicos, da Petrobras, da BR, do gasoduto, das empresas que produziam fertilizantes e, agora, o desmonte da Eletrobras. Daqui a pouco será o desmonte total do Brasil.

SOBRE A REFORMA TRABALHISTA: “Quando qualquer pessoa ouve a palavra “reforma”, ela entende que é algo para melhorar. Entende que “reforma da casa” é para melhorar a casa e que “reforma do carro” é para melhorar o carro. O sentido da reforma deveria ser, então, de fazer as coisas ficarem melhor para o povo. O que eles fizeram não foi reforma, foi uma destruição. É como se eles estivessem dinamitando os direitos que os trabalhadores vinham conquistando desde 1943, com a instituição da CLT. Não queremos ficar presos ao passado. O que nós queremos é juntar os empresários, os sindicatos, o governo e, se for o caso, as universidades, e discutir qual é a legislação trabalhista que nós precisamos e que será adequada ao momento político, econômico e cultural que nós estamos vivendo”.

A fala de Lula, meus amigos e minhas amigas, provocou em mim, mais uma vez, a vontade de contar os dias e as horas para que ele volte a governar o Brasil. E é exatamente isso o que estou fazendo.

Artigo do Deputado Federal Zé Carlos do PT

Categoria: Notícias