O Boletim InfoGripe da Fiocruz registra aumento de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Distrito Federal e em Goiás, impulsionado pela circulação da Covid-19 e da influenza A. Minas Gerais e Espírito Santo também enfrentam alta de internações ligadas à Covid-19.
De forma atípica, os pesquisadores observam uma segunda onda de crescimento da influenza A no Centro-Oeste, afetando praticamente todas as faixas etárias a partir dos 2 anos.
Estados com maior incidência – O levantamento mostra tendência de crescimento nos seguintes estados: Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará e Piauí.
Além disso, a região Sul, Mato Grosso do Sul e Bahia apresentam aumento nas notificações de SRAG, embora sem reflexo relevante nas hospitalizações até agora.
Impacto dos vírus respiratórios – O rinovírus tem sido responsável por elevar casos de SRAG no Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí e Espírito Santo, principalmente entre crianças e adolescentes.
No Amazonas, o vírus sincicial respiratório (VSR) atinge especialmente crianças de até 2 anos, mas já há sinais de desaceleração. No Espírito Santo, o metapneumovírus também vem provocando aumento de casos em crianças pequenas.
Cenário epidemiológico em 2025 – Ao longo do ano, o Brasil já registrou mais de 180 mil casos de SRAG, sendo 53% com confirmação laboratorial para algum vírus respiratório. Nas últimas quatro semanas, o rinovírus foi o agente mais detectado, seguido pela Covid-19 e pelo VSR.
Na análise das últimas oito semanas, crianças pequenas concentram os casos, enquanto os idosos apresentam os maiores índices de mortalidade. Entre as notificações associadas à Covid-19, a incidência é maior em crianças e idosos, mas a mortalidade se destaca a partir dos 65 anos. A influenza A também aparece como importante causa de óbitos nessa faixa etária.