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Alerta Nacional: casos de intoxicação por metanol expõem riscos em bebidas adulteradas

O aumento de casos suspeitos de intoxicação por metanol em diferentes estados acendeu um alerta nacional de saúde pública e de segurança no consumo de bebidas alcoólicas. A preocupação ganhou ainda mais destaque após a hospitalização do rapper Hungria, em Brasília, nesta quinta-feira (2), com indícios de contaminação pela substância.

O Ministério da Saúde informou que profissionais devem notificar imediatamente qualquer suspeita ao Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS). Só em São Paulo, foram registrados 22 casos: sete confirmados, 15 em investigação e quatro descartados. Um óbito foi confirmado e outros quatro estão em análise. Esse número já supera a média anual de registros no Brasil, estimada em 20 ocorrências.

Ações de investigação e prevenção – A Polícia Federal foi acionada para identificar a origem das bebidas adulteradas e interditar pontos de venda suspeitos. Paralelamente, entidades do setor, como a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a Associação Brasileira de Bebidas Destiladas (ABBD) e a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), lançaram orientações para consumidores e empresários, destacando cuidados para reconhecer produtos falsificados e evitar riscos.

Entre as recomendações estão: adquirir bebidas apenas de fornecedores confiáveis e com nota fiscal, desconfiar de preços muito abaixo do mercado, observar a integridade dos lacres e rótulos e verificar o selo da Casa da Moeda em produtos importados. Bares e restaurantes também devem adotar o descarte seguro de garrafas para evitar o reaproveitamento ilegal.

Como identificar sinais de intoxicação – O metanol é altamente tóxico e pode causar cegueira permanente e até a morte. Os sintomas podem surgir entre 12 e 24 horas após a ingestão e incluem:

Dor abdominal;

Náuseas ou vômito;

Tontura;

Confusão mental;

Alterações visuais, como visão embaçada ou perda de visão;

Dor de cabeça intensa.

Em casos suspeitos, a orientação é buscar imediatamente atendimento médico. O manejo clínico pode envolver a administração controlada de etanol como antídoto, fornecido por laboratórios ou farmácias de manipulação, sempre sob prescrição médica.

Consumo responsável e cautela – Embora os principais registros estejam associados a bebidas destiladas, especialistas alertam que a contaminação pode ocorrer em qualquer produto alcoólico se o metanol for adicionado após a fabricação. Por isso, as orientações de segurança valem também para cervejas e vinhos.

 

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