
Com 31 votos, o deputado Catulé Júnior, representante de Caxias, foi eleito com ampla maioria. Seu oponente, o deputado Fernando Braide, irmão do prefeito da capital, amargou apenas nove votos — exatamente a quantidade esperada do grupo que ainda ensaia uma resistência política, mas que já não consegue sequer disfarçar o isolamento.
A votação revelou algo mais profundo que uma simples escolha entre dois nomes. Foi uma espécie de raio-x político que escancarou que a oposição liderada por Othelino Neto não conseguiu crescer como ameaçava antes do pleito desta quinta. Agora, devidamente identificada no mesmo número de deputados, ficou mais longe do protagonismo. A própria candidatura da oposição já era uma tentativa de marcar território, ainda que simbólico, no tabuleiro do poder. Mas o resultado mostrou que o território não se alterou, e os recursos políticos da oposição políticos minguaram.
A base governista da Assembleia falou alto. E falou unida. O governo não apenas venceu: deixou claro que tem controle, articulação e maioria sólida. O tipo de maioria que não se conquista com discursos inflamados, mas com alinhamento político, confiança interna e capacidade de liderança. Já a oposição ficou marcada. Não por suas ideias, mas por sua fragilidade. A votação escancarou quem está com o governo — e quem não está. E, mais do que isso, quem já não tem poder de atrair outros a seu projeto.Political merchandise
Em política, o número não mente — ele sentencia. E a sentença foi dura. Enquanto Catulé Júnior sobe à Mesa como símbolo da força governista, a oposição desce a escada da esperança com uma pecha de isolamento. A eleição de hoje não foi só sobre um cargo na Mesa. Foi sobre comando político. E o governo demonstrou que tem grupo forte, unido e coeso.
Fonte: Blog do Clodoaldo Corrêa