
Apesar disso, especialistas reforçam que manter o calendário vacinal atualizado continua sendo fundamental para conter a circulação dos vírus que mais impactam o quadro clínico da população, como o influenza e o Sars-CoV-2.
Os dados mais recentes chamam atenção para a circulação do influenza A. O vírus segue impulsionando hospitalizações no Espírito Santo e na Bahia, enquanto apresenta ritmo de desaceleração em São Paulo e no Rio de Janeiro. Entre idosos, o influenza A permanece como uma das principais causas de internação, dividindo espaço com a Covid-19. Já entre jovens e adultos de 15 a 49 anos, ele continua liderando como principal agente causador de SRAG.
Quando o recorte é feito por faixa etária, o quadro muda entre crianças e adolescentes. Até 14 anos, o rinovírus aparece como o principal responsável pelos casos de internação por SRAG no país. Em bebês e crianças de até dois anos, o boletim observa um leve aumento nas notificações relacionadas ao metapneumovírus.
O levantamento também identifica oito estados com níveis de incidência classificados entre alerta, risco ou alto risco — embora sem tendência de crescimento no longo prazo. São eles: Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e Sergipe. No grupo das capitais, apenas três registram atividade elevada de SRAG: Aracaju (SE), Cuiabá (MT) e Vitória (ES).
O boletim também traz um panorama sobre a circulação viral nas últimas quatro semanas epidemiológicas. Entre os casos positivos de SRAG, o rinovírus responde por 37,1% das detecções, seguido por influenza A (26%), Covid-19 (14,4%), vírus sincicial respiratório — VSR (5,5%) — e influenza B (2,3%). Entre os óbitos confirmados, a Covid-19 aparece como causa predominante, com 40,3% das mortes. Na sequência vêm influenza A (30,3%), rinovírus (12,9%), VSR (4%) e influenza B (2%).