
A revisão decorre principalmente do comportamento da inflação. Com a desaceleração dos preços ao longo do ano, a expectativa é de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) feche abaixo do projetado inicialmente — movimento que reduz o percentual de reajuste automático aplicado ao piso nacional.
Se confirmado, o novo valor representará uma correção aproximada de 7,2% sobre o salário mínimo atual, fixado em R$ 1.518,00
Efeito sobre despesas obrigatórias – O salário mínimo funciona como referência para inúmeros benefícios e pagamentos, como aposentadorias, pensões, seguro-desemprego e abono salarial. Por isso, qualquer atualização nas projeções tende a repercutir no cálculo das despesas públicas ligadas a essas áreas.
Embora os parâmetros tenham sido revisados, cabe ao Congresso avaliar se haverá ajustes no projeto de Orçamento durante sua tramitação. Eventuais mudanças poderão ocorrer também ao longo de 2026, nas reavaliações bimestrais previstas em lei.
Valor definitivo depende do INPC – O salário mínimo final será conhecido após a divulgação oficial do INPC acumulado até novembro — indicador que forma a base principal do reajuste. A divulgação está prevista para ocorrer nos próximos dias.
A fórmula de cálculo combina a variação do INPC e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Pelo arcabouço fiscal, há ainda a possibilidade de um acréscimo de até 2,5% acima da inflação, dependendo das condições orçamentárias.
A expectativa é de que o valor final fique alinhado à projeção atual de R$ 1.627,00.