A Prefeitura de Paço do Lumiar aditivou um contrato com o Instituto Gestão de Políticas Públicas (IGGP), empresa com sede na cidade de São Vicente, em São Paulo, e suspeita de participar de um suposto desvio de dinheiro público.
A prorrogação do contrato aconteceu em fevereiro deste ano por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus). O valor foi de R$ 23.399.716,08, por um período de 12 meses, para continuar executando a ação intitulada “Projeto Paço Saúde Avançando”, visando o fortalecimento da atenção básica, vigilância em saúde, atenção ambulatorial, atendimento psicossocial e do serviço de atendimento móvel de urgência, bem como a implantação de novos serviços de média complexidade.
Desvio – No entanto, no ano passado, segundo publicação do site VGN, a empresa foi um dos alvos da Operação Cartão Postal, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) do Estado do Mato Grosso, que visavam desarticular organização criminosa que teria desviado R$ 87 milhões dos cofres do município de Sinop.
De acordo com as investigações da época, há indícios concretos de que a Fabiula Martins Lourenço figura como “laranja consciente” na condição de Presidente do IGPP e, apesar de ter se inserido em tal cargo, a gestão “fática” ficava a cargo de Hugo Florêncio de Castilho e Jefferson Geraldo Teixeira – ambos apontados como líderes do esquema.
O que chama atenção no contrato firmado entre a empresa e o município de Paço do Lumiar é que o CNPJ da empresa é o mesmo constando na Receita Federal, no contrato e no referido aditivo.
No entanto, no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, mesmo apresentando o mesmo número de CNPJ, o IGPP aparece com nome de Instituto Rafael Arcanjo, com sede na capital paulista e tendo com o sócio Enrico Di Vaio.