A Polícia Federal prendeu quatro pessoas temporariamente acusadas de integrar esquema criminoso envolvendo saques de benefícios de titulares fictícios e de pessoas já falecidas. Além das prisões, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nas cidades de Bacabal (MA) e Presidente Dutra (MA), expedidos pelo Juízo da 1ª Vara Federal de Teresina (PI).
A investigação teve origem a partir de duas prisões em flagrante e de um procedimento instaurado pela Polícia Civil, para apurar o uso de documentos falsos, bem como saque indevido de benefícios previdenciários e assistenciais.
Os documentos pessoais fraudados eram utilizados para realizar prova de vida e saques indevidos de benefícios junto ao INSS e às instituições bancárias. O grupo criminoso também aliciava e transportava idosos falsários até as agências bancárias para efetuar os saques indevidos dos benefícios.
Segundo a Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social (CGINP), houve um prejuízo inicial de R$ 612 mil, com a identificação de 33 benefícios. Entretanto, há previsão dessa cifra ser muito maior, com o andamento das investigações e após a análise dos materiais apreendidos.
Os envolvidos responderão pelos crimes de estelionato, organização criminosa, falsidade ideológica e uso de documento falso, além de outros que possam ser identificados ao logo do processo investigatório.
O nome Fratello, dado à operação, decorre do fato de que dois dos investigados são irmãos que se dedicam exclusivamente a cometer fraudes contra o INSS.
Há 24 anos, a Força-Tarefa Previdenciária é integrada pelo Ministério da Previdência Social e pela Polícia Federal, que atuam em conjunto no combate a crimes estruturados contra o sistema previdenciário. No Ministério da Previdência Social, cabe à Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social detectar e analisar os indícios de crimes e fraudes organizadas.